Efeitos biológicos
Existe três tipos de
radiação de infravermelhos: radiação infravermelha curta (0,8-1,5 µm),
média (1,5-5,6 µm) e longa (5,6-1.000 µm).
Nos primórdios do estudo
do IV acreditava-se que a radiação curta penetrava igualmente na porção
profunda da pele sem causar aumento marcante na temperatura da superfície do
epitélio, enquanto a maior parte da energia do infravermelho médio/longo era
absorvida pela camada superior da pele e frequentemente causasse efeitos
térmicos danosos, como queimaduras térmicas ou a sensação de queimadura (relato
de pacientes).
Alguns anos mais tarde,
contudo, uma nova visão do infravermelho médio/longo foi apresentada
demonstrando que todas as faixas da radiação infravermelha possuem efeitos
biológicos de regeneração celular.
Experiencias com o IV longo,
demonstraram inibição do crescimento tumoral em ratos e melhoria no tratamento
de escaras em situações clínicas. Também foi demonstrado aumento do processo
regenerativo em ratos sem que houvesse aumento da circulação sanguínea durante
os períodos de irradiação ou aumento na temperatura do epitélio. Outros dados
demonstram um aumento das infiltrações de fibroblastos no tecido subcutâneo, em
ratos tratados com o infravermelho longo, em relação aos animais controlo e uma
maior regeneração de colágeno na região lesada.
Da mesma forma, a
radiação IV foi capaz de provocar aumento na angiogénese no local das lesões e
aumento na força tênsil do epitélio em regeneração.